Jornal Nacional foi ao interior do estado e encontrou muitos alunos cheios de vontade de aprender. E professores que dão exemplo de doação, vocação e profissionalismo.
A divulgação nessa semana do índice que avalia a qualidade do ensino básico no Brasil motivou duas viagens da equipe do JN no Ar. Nesta quarta (15), os repórteres do JN foram a Santa Catarina, estado que apresentou os melhores resultados do Ideb para os quatro últimos anos do ensino fundamental. Nesta quinta, a equipe está em Alagoas, que teve os índices mais fracos na mesma faixa de ensino.
Os repórteres do Jornal Nacional foram ao interior, longe da capital, e encontrou alguns alunos sem estímulo, mas muitos cheios de vontade de aprender. E professores que dão exemplo de doação, vocação e profissionalismo.
O jatinho do JN no Ar deixou Santa Catarina em direção a Alagoas. Quase três horas de viagem. A equipe do JN chegou a Maceió de madrugada. Logo cedo, a equipe pegou a estrada. Foram 56 quilômetros até Murici. As crianças ainda aguardavam o inicio das aulas do lado de fora. A escola Artur Lopes Ferreira apresentou o mais baixo Ideb do estado entre os alunos dos anos finais do ensino fundamental da rede estadual.
Lá, o Ideb só começou a ser medido em 2007 e não 2005, como na maior parte do país. A escola amarga o resultado de 1,3. Na Prova Brasil, a nota de matemática atingiu nível 3 em uma escala até 12. Em português, também nível 3, na escala que vai ate 9.
“Alguns têm dificuldade de compreender o que está lendo”, professora de português Clemilda de Medeiros".
A aluna da 9º série Rosana de Araújo achou a prova difícil. Mas ela sabe do que precisa:
“Mais leitura, e ter informática com internet”, diz Rosana de Araújo.
Ela esta cursando o nono ano pela segunda vez. A colega de sala, Marcia Cândido da Silva, também esta repetindo.
“Pra educação ser melhor, a escola precisa ser um pouco mais desenvolvida”, conta Marcia.
A professora Flávia da Silva diz que diante do resultado ruim do Ideb, não se pode desanimar
"A gente não pode se entristecer. Se a gente passar esse entristecimento para eles, vai piorar a situação”, afirma Flávia da Silva.
A diretora da escola Maria Jane de Andrade explica que não falta dinheiro, mas pede mais compromisso com o estudo, por parte dos alunos e da própria família.
“Os nossos alunos são itinerantes. Os pais viajam muito, pra dar certo em algum estado ou outro. Eles vêm para a escola pela merenda”, explica Maria Jane de Andrade.
A merenda é caprichada. A cada dia, um prato diferente. A escola gasta por mês R$ 4 mil com merenda escolar. O objetivo era atrair os alunos. E eles estão voltando pra escola. A comida faz sucesso. Mesmo assim, a luta pela frequência não termina.
Quando chove, uma boa parte dos alunos desaparece. Muitas vezes, ficam semanas sem ir a escola. Eles moram na área rural e lá o transporte não passa. As estradas são de terra e ficam intransitáveis.
A equipe do JN conseguiu chegar ate a casa de uma aluna que torce para que a chuva passe logo. Ela não quer perder novamente o ano.
“O ano passado eu perdi porque eu perdi simulado, um monte de prova, trabalho e aí quando vai para o colégio não dá pra fazer”, lembrou a aluna da 9º série Thaís da Silva.
A equipe do JN viajou mais 140 quilômetros em direção ao interior do estado. No Agreste Alagoano, mesmo distante da capital, os alunos de uma escola tiveram um desempenho de dar gosto. A receita? Dedicação. Esse parece ser o lema da escola Álvaro Paes, em Coité do Noia. O Ideb vem crescendo e bateu 5,2. Lá, não tem Laboratório. Na pequena biblioteca, poucos livros. O segredo da recuperação está na sala de aula, onde a mágica acontece.
“Tento sempre que buscar inovar, dentro dos meus limites, dos limites do que a escola oferece. Porque sabemos que existe uma grande dificuldade”, ressaltou a professora de português Tatiana Lessa.
Os recursos são poucos, mas os sonhos vão longe.
“É muito orgulho para a nossa escola, ser considerada a melhor escola pública do estado. Mais para a frente, pretendo estudar, ir para uma faculdade e ter um emprego adequado”, destacou o aluno da 9º série Mykael Kaique Pessoa Gomes"
O secretário estadual de Educação Adriano Soares reconheceu que Alagoas tem um atraso histórico na educação e falou sobre as medidas que estão sendo tomadas para melhorar a qualidade de ensino no estado.
“Esse ano teremos concursos para os professores, estamos modernizando toda a estrutura com informatização, a conectividade das escolas, de modo que, com esse estímulo, de um lado uma política de recursos humanos e de outro lado uma política de gestão, a gente vai mudar o quadro da educação de Alagoas", afirmou Adriano Soares.
A divulgação nessa semana do índice que avalia a qualidade do ensino básico no Brasil motivou duas viagens da equipe do JN no Ar. Nesta quarta (15), os repórteres do JN foram a Santa Catarina, estado que apresentou os melhores resultados do Ideb para os quatro últimos anos do ensino fundamental. Nesta quinta, a equipe está em Alagoas, que teve os índices mais fracos na mesma faixa de ensino.
Os repórteres do Jornal Nacional foram ao interior, longe da capital, e encontrou alguns alunos sem estímulo, mas muitos cheios de vontade de aprender. E professores que dão exemplo de doação, vocação e profissionalismo.
O jatinho do JN no Ar deixou Santa Catarina em direção a Alagoas. Quase três horas de viagem. A equipe do JN chegou a Maceió de madrugada. Logo cedo, a equipe pegou a estrada. Foram 56 quilômetros até Murici. As crianças ainda aguardavam o inicio das aulas do lado de fora. A escola Artur Lopes Ferreira apresentou o mais baixo Ideb do estado entre os alunos dos anos finais do ensino fundamental da rede estadual.
Lá, o Ideb só começou a ser medido em 2007 e não 2005, como na maior parte do país. A escola amarga o resultado de 1,3. Na Prova Brasil, a nota de matemática atingiu nível 3 em uma escala até 12. Em português, também nível 3, na escala que vai ate 9.
“Alguns têm dificuldade de compreender o que está lendo”, professora de português Clemilda de Medeiros".
A aluna da 9º série Rosana de Araújo achou a prova difícil. Mas ela sabe do que precisa:
“Mais leitura, e ter informática com internet”, diz Rosana de Araújo.
Ela esta cursando o nono ano pela segunda vez. A colega de sala, Marcia Cândido da Silva, também esta repetindo.
“Pra educação ser melhor, a escola precisa ser um pouco mais desenvolvida”, conta Marcia.
A professora Flávia da Silva diz que diante do resultado ruim do Ideb, não se pode desanimar
"A gente não pode se entristecer. Se a gente passar esse entristecimento para eles, vai piorar a situação”, afirma Flávia da Silva.
A diretora da escola Maria Jane de Andrade explica que não falta dinheiro, mas pede mais compromisso com o estudo, por parte dos alunos e da própria família.
“Os nossos alunos são itinerantes. Os pais viajam muito, pra dar certo em algum estado ou outro. Eles vêm para a escola pela merenda”, explica Maria Jane de Andrade.
A merenda é caprichada. A cada dia, um prato diferente. A escola gasta por mês R$ 4 mil com merenda escolar. O objetivo era atrair os alunos. E eles estão voltando pra escola. A comida faz sucesso. Mesmo assim, a luta pela frequência não termina.
Quando chove, uma boa parte dos alunos desaparece. Muitas vezes, ficam semanas sem ir a escola. Eles moram na área rural e lá o transporte não passa. As estradas são de terra e ficam intransitáveis.
A equipe do JN conseguiu chegar ate a casa de uma aluna que torce para que a chuva passe logo. Ela não quer perder novamente o ano.
“O ano passado eu perdi porque eu perdi simulado, um monte de prova, trabalho e aí quando vai para o colégio não dá pra fazer”, lembrou a aluna da 9º série Thaís da Silva.
A equipe do JN viajou mais 140 quilômetros em direção ao interior do estado. No Agreste Alagoano, mesmo distante da capital, os alunos de uma escola tiveram um desempenho de dar gosto. A receita? Dedicação. Esse parece ser o lema da escola Álvaro Paes, em Coité do Noia. O Ideb vem crescendo e bateu 5,2. Lá, não tem Laboratório. Na pequena biblioteca, poucos livros. O segredo da recuperação está na sala de aula, onde a mágica acontece.
“Tento sempre que buscar inovar, dentro dos meus limites, dos limites do que a escola oferece. Porque sabemos que existe uma grande dificuldade”, ressaltou a professora de português Tatiana Lessa.
Os recursos são poucos, mas os sonhos vão longe.
“É muito orgulho para a nossa escola, ser considerada a melhor escola pública do estado. Mais para a frente, pretendo estudar, ir para uma faculdade e ter um emprego adequado”, destacou o aluno da 9º série Mykael Kaique Pessoa Gomes"
O secretário estadual de Educação Adriano Soares reconheceu que Alagoas tem um atraso histórico na educação e falou sobre as medidas que estão sendo tomadas para melhorar a qualidade de ensino no estado.
“Esse ano teremos concursos para os professores, estamos modernizando toda a estrutura com informatização, a conectividade das escolas, de modo que, com esse estímulo, de um lado uma política de recursos humanos e de outro lado uma política de gestão, a gente vai mudar o quadro da educação de Alagoas", afirmou Adriano Soares.
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