Dica: visitem o site da ACELBRA - Associação dos Celíacos do Brasil - ACELBRA de onde tirei a matéria!
Breve
Histórico da Doença
Há milhares de anos, os povos verificaram que era possível semear a terra e obter colheitas de cereais diversos, entre eles o trigo, conhecido na fabricação de um dos mais antigo dos alimentos, o pão. A partir daí, o seu rendimento era tal, que lhes permitiu viverem no mesmo local sem a necessidade de andarem constantemente à procura de alimentos. Uma conseqüência desta descoberta, foi a civilização, e outra foi o risco de se ter a Doença Celíaca. No século II, um grego, Aretaeus da Capadócia descreveu doentes com um determinado tipo de diarréia, usando a palavra "Koiliakos" ( aqueles que sofrem do intestino ). Tudo leva a crer que já naquela época ele se referia àquela doença que em 1888, Samuel Gee, um médico pesquisador inglês descreveu em detalhes, achando que as farinhas poderiam ser as causadoras da moléstia. Gee designou-a por "afecção celíaca", aproveitando o termo grego, e, em seus escritos previa com grande intuição que "... controlar a alimentação é parte principal do tratamento ... a ingestão de farináceos deve ser reduzida ... e se o doente pode ser curado, há de sê-lo através da dieta ...".
Há milhares de anos, os povos verificaram que era possível semear a terra e obter colheitas de cereais diversos, entre eles o trigo, conhecido na fabricação de um dos mais antigo dos alimentos, o pão. A partir daí, o seu rendimento era tal, que lhes permitiu viverem no mesmo local sem a necessidade de andarem constantemente à procura de alimentos. Uma conseqüência desta descoberta, foi a civilização, e outra foi o risco de se ter a Doença Celíaca. No século II, um grego, Aretaeus da Capadócia descreveu doentes com um determinado tipo de diarréia, usando a palavra "Koiliakos" ( aqueles que sofrem do intestino ). Tudo leva a crer que já naquela época ele se referia àquela doença que em 1888, Samuel Gee, um médico pesquisador inglês descreveu em detalhes, achando que as farinhas poderiam ser as causadoras da moléstia. Gee designou-a por "afecção celíaca", aproveitando o termo grego, e, em seus escritos previa com grande intuição que "... controlar a alimentação é parte principal do tratamento ... a ingestão de farináceos deve ser reduzida ... e se o doente pode ser curado, há de sê-lo através da dieta ...".
Como se faz o
Diagnóstico da DOENÇA CELÍACA ?
São realizados exames
especializados para avaliar a absorção da D.XILOSE e dosagem de gordura nas
fezes, assim como dosagem de anticorpos antigliadina,
antiendomíseo, e antitransglutaminase, porém, É ABSOLUTAMENTE
NECESSÁRIA a realização da Biopsia do Intestino Delgado (BID), para
estabelecer o diagnóstico da Doença Celíaca, a qual deve ser obtida,
preferencialmente, da junção duodeno-jejunal.
Atenção: Não existem motivos
que justifiquem iniciar dieta isenta de glúten sem realizar a biopsia.
As amostras podem ser
obtidas utilizando-se cápsula perioral, conhecida como cápsula de Watson ou
Crosby- Kugler, que é acoplada a uma sonda ou pinça durante o processo de
endoscopia digestiva alta. Em ambos os casos é importante o envolvimento de
profissionais habituados com o diagnostico da Doença Celíaca, tanto para a
obtenção dos fragmentos intestinais como para sua avaliação.
Qual é o tratamento da
DOENÇA CELÍACA ?
Para a Doença Celíaca
existe um único tratamento: uma dieta rigorosa, onde devem ser
retirados todos os alimentos e preparações que contenham o glúten. Não se deve
comer " só um pouquinho " desses
alimentos, pois podem ocorrer consequências danosas para o
paciente.
Deve-se substituir os
ingredientes que contenham glúten ( como a farinha de trigo ), por
outras opções como o uso de farinha de arroz, amido de milho,
farinha de milho, fubá, farinha de mandioca, polvilho e fécula de batata.
A dieta deve ser
seguida por toda a vida?
Sim, pois a
quantidade de glúten suficiente para causar sintomas varia de paciente para
paciente. Se não aparecerem sintomas depois que o paciente ingerir glúten
, isto não significa que o alimento não lhe fará mal.
A vigilância da dieta
deve ser permanente, já que a ingestão de glúten pode acontecer até sem que a
gente perceba, como por exemplo:
- através
de óleo de fritura utilizado no preparo de alimentos com glúten e depois para a
fritura de alguma preparação sem glúten;
-
utilização da mesma faca para se passar margarina em pão com glúten e depois passar
em bolacha
sem glúten;
- usar
tabuleiros ou formas polvilhadas com farinha de trigo e depois reutilizá-las para
os produtos sem glúten, sem que tenham sido bem lavadas.
Na falta de produtos
industrializados especiais sem glúten no mercado brasileiro, a maior parte das
preparações do cardápio do paciente celíaco deve ser caseira, demandando
tempo e dedicação para o preparo, gerando criatividade na busca de novas
receitas.
Como seguir uma dieta
sadia sem o glúten ?
Neste caso o paciente
deve ter uma alimentação variada, composta por elementos ou nutrientes que o
ajudem a crescer, e a retirada do glúten não atrapalha o processo de
crescimento que se estende até a adolescência, desde que se substitua por
outros alimentos sem glúten.
De forma geral,
os alimentos podem ser divididos em ENERGÉTICOS, CONSTRUTORES e REGULADORES, sendo que uma
dieta equilibrada deve conter quantidades adequadas de todos eles, sempre que
for possível.
Alguns
pacientes transgridem a dieta ?
Infelizmente sim, pois
embora o único tratamento consiste na dieta isenta de glúten por toda a vida,
este tratamento parece simples, porém inúmeros problemas podem levar o
paciente a transgredi-la, como pôr exemplo:
* Falta e orientação dos familiares sobre a doença e suas
complicações;
* Descrença na quantidade de cereais proibidos (qualquer quantidade é prejudicial e
agressivo aos celíacos );
* Dificuldades financeiras, pois os
alimentos permitidos são os de custo mais elevado;
* Hábito do uso da farinha de trigo na alimentação (pão,
macarrão, etc);
* Falta de habilidade culinária das mães para preparar alimentos
substitutivos;
* Forte pressão que sofremos da propaganda dos
industrializados, que nos leva a consumir tais produtos e,
* Rótulos, embalagens ou bulas que nem
sempre contém a composição correta ou bem clara dos ingredientes.
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