Autor: eroni
Estudos
demonstraram que o extrato de sementes de uva (vitis vinefera) atravessa a
barreira hematoencefálica com razoável facilidade. É um antioxidante
excepcionalmente poderoso, A experiência mostra que este nutriente é um agente
de primeira importância nos resultados observados entre doenças
neurodegenerativas. A nutrição celular feita com extrato das sementes de uva
oferece efeito protetor no controle da glicose sanguínea para o diabético
(STRAND 2004).
Propriedades: as
proantocianidinas são extraídas das sementes de uva (Vitis vinifera). Entre os
efeitos reportados, destacam-se propriedades antioxidantes, e efeitos ligados à
saúde capilar e à permeabilidade, além de possibilitar o controle do
colesterol. O extrato de semente de uva é utilizado por sua capacidade de
combater radicais livres. Em numerosos estudos, o extrato mostrou potencial
como antioxidante, ainda melhor do que a vitamina E (Hirose, 1984; Maffei,
1994; Uchida, S. 1987 a). As Proantocianidinas são de 15 a 25 vezes mais
potentes que a vitamina E para neutralizar radicais livres de ferro e de
oxigênio, que atacam os lipídeos. Dois estudos conduzidos em ratos sugerem que
o extrato de semente de uva reduz os níveis de colesterol LDL, e aumenta os
níveis do bom colesterol (HDL), através do aumento do transporte reverso de
colesterol, reduzindo sua absorção intestinal e aumentando sua excreção através
dos sais da bile (Tebib, 1994a; TebibPesquisas iniciais in vitro sugerem que o
extrato de semente de uva é citotóxico para as células do melanoma (Kashiwada,
1992). Outros estudos in vitro sugerem que o extrato de semente de uva reduz a
pressão sangüínea, inibindo a enzima de conversão da angiotensina.
Indicações: efeitos
cumulativos do envelhecimento e redução do risco de doenças degenerativas; má
distribuição do fluxo de sangue microcirculatório no cérebro e coração;
insuficiência arterial/venosa crônica nas extremidades; fragilidade capilar
alterada e permeabilidade (na diabetes mellitus); microangiopatia da retina,
edema dos nódulos linfáticos, veias varicosas; diminuição do colesterol LDL;
De todos os
componentes presentes na Vitis vinifera, os compostos fenólicos, especialmente
as proantocianidinas, têm despertado interesse em estudos clínicos e
experimentais. As proantocianidinas são antioxidantes naturais encontradas no
extrato da semente da uva. Estudos recentes demonstraram que o uso de um
bioflavonóide proantocianidina em modelo de lesão renal por glicerol, também
extraído das sementes de uvas, melhorou significativamente a histologia renal com
redução do volume tubular e dos restos celulares tubulares. Foi identificada
também recuperação da função renal e sugerido que a melhora histofuncional
pode-ria ser atribuída ao relaxamento vascular determinado pela
protoantocianidina.
Em modelo de
isquemia também pôde ser observado o efeito renoprotetor das protoantocianidas.
Demonstrou-se que o pré-tratamento com uma mistura de bioflavonóides em ratos
submetidos à isquemia renal bilateral protegeu a função com elevação da
depuração de creatinina e redução da creatinina plasmática. Observou-se ainda
melhora histológica caracterizada por redução da necrose tubular na faixa
externa da medula externa No presente estudo o efeito renoprotetor da Vitis
vinifera se confirmou. O pré-tratamento com o fitoterápico mostrou melhora
significativa da depuração de creatinina. Os dados referentes à peroxidação
lipídica ressaltaram o efeito antioxidante da Vitis vinifera.
Neste estudo,
o ensaio sobre o papel antioxidante da Vitis vinifera mostrou, com relação à
dosagem de peróxidos e MDA urinários, a redução dos níveis da peroxidação
lipídica, fortalecendo a hipótese relativa ao efeito antioxidante da Vitis
vinifera.
Em síntese, a
Vitis vinifera confirmou de forma inquestionável o efeito renoprotetor
provavelmente relacionado ao seu efeito antioxidante. Ressalte-se o uso em
pacientes de risco para lesão renal aguda, como aqueles de terapia intensiva,
cujos agravos e exposição às toxinas são diversos e nos quais a prevalência
dessa síndrome é particularmente constrangedora (até 70%). Estudos que avancem
nessa investigação utilizando outros modelos de lesão em diferentes sujeitos,
serão de grande valor para melhor compreensão dos ramos da lesão e alternativas
terapêuticas na rabdomiólise. Os resultados deste estudo demonstraram melhora
da função renal associada à redução dos níveis de peroxidação lipídica,
fortalecendo a hipótese relativa ao efeito antioxidante da Vitis vinifera
(MARTIN et all 2007)
Na opinião de
(SCHLEIER 2004), cascas e sementes de frutas como pilriteiro (cratego),casca de
romã, semente de uva, semente de lichia e outras possuem poder antioxidante
relativamente alto, e podem ser fontes ricas de antioxidantes naturais. O
efeito antioxidante das frutas analisadas não pode ser atribuído apenas ao teor
de compostos fenólicos, mas ao resultado da ação de diferentes compostos
presentes
nas frutas, e
a possíveis efeitos de sinergismo e antagonismo ainda não conhecidos.
Uma mistura de
casca e semente de uvas demonstrou poder de prevenção da glicação de proteína
in vitro.
O extrato de
semente de uva teve efeito inibitório contra aterosclerose em camundongos, e o
mecanismo possível pode estar relacionado com o decréscimo nos níveis de
triglicérides séricos, colesterol, e lipoproteína oxidada de baixa densidade
(LDL) e com a anti-peroxidação. Os extratos de diferentes variedades de uvas
empregadas possuem ação antioxidante superior à vitamina C, devido à presença
de compostos tânicos e flavonóicos nesses extratos.
O potencial
antioxidante das cascas de uva é transferido para o vinho produzido a partir
das mesmas. Correlações estatisticamente significantes entre atividade
antioxidante e conteúdo fenólico (polifenóis totais, catequinas, e
antocianinas) foram encontradas tanto para cascas e vinhos. Todos os
polifenólicos geralmente aumentaram com o grau de maturação, e a maior
concentração foi observada nas cascas.
Procianidinas
diméricas, triméricas oligoméricas ou poliméricas explicam muito da capacidade
antioxidante superior das sementes de uva. Os 3 principais constituintes fenólicos
das sementes de uva (catequina, epicatequina e ácido gálico) contribuíram
juntos para 26% da capacidade antioxidante de derivados da uva.
Sementes de
uva desidratadas, após a destilação alcoólica do bagaço, ainda mantêm altos níveis
de flavanol, e atividade antioxidante significativa, mesmo após submetidas a
altas temperaturas. Tais subprodutos podem ser considerados fontes baratas para
a extração de flavanóis antioxidantes, que podem ser usados como suplementos
dietéticos ou na produção de fitoterápicos. Os resíduos da vinificação fornecem
um extrato com poder antioxidante comparável ao BHT e ao extrato de alecrim
(Rosmarinus officinalis L.).
O extrato de
semente de uva atua diminui os índices oxidativos em indivíduos fumantes.
No mecanismo
de inibição de dano oxidativo cerebral, as catequinas isoladas são mais
efetivas que seus polímeros, e os polímeros de baixo peso molecular são mais
efetivos que aqueles de alto peso molecular. Em estudos farmacológicos, a
excreção urinária dos metabólitos de GSP derivados dos respectivos monômeros
não mostrou variação com a administração de diferentes substâncias (ácido
gálico, catequina ou epicatequina), sugerindo que apenas os monômeros de GSP
são absorvidos e metabolizados.
O decréscimo
significativo da atividade da ácido graxo sintetase, em animais portadores de
focos neoplásicos, alimentados com extrato de semente de uva, sugerem um
mecanismo de prevenção do câncer hepático.
A pesquisa
farmacológica realizada em diversos países vem maiores detalhes as ações
terapêuticas e preventivas da uva e do vi nho passado pela tradição popular, e
comprovando o emprego dês derivados como importante auxiliares na manutenção da
saúde.
Fontes:
MARTIM,
Elisabete Cristina de Oliveira, PINTO Carolina Ferreira , WATANABE Mirian
VATTIMO Maria
de Fátima Fernandes. Lesão
Renal Aguda por Glicerol: Efeito Antioxidante da Vitis
Vinifera L* Acute Kidney Injury by Glycerol: Antioxidant Effect of Vitis
Vinifera L. Revista Brasileira de Terapia Intensiva Vol. 19 Nº 3, Julho-Setembro,
2007 –http://www.scielo.br/pdf/rbti/v19n3/v19n3a04.pdf ARTIGO
ORIGINAL
SCHLEIER,
Rodolfo. Constituintes
Fitoquímicos d e Vitis vinifera L. (UVA) INSTITUTO
BRASILEIRO DE ESTUDOS HOMEOPÁTICOS FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE SÃO PAULO
– 2004
STRAND, Ray
D. O que seu médico não
sabe sobre medicina nutricional pode estar matando você. 2004:
São Paulo.- M. Books do Brasil Editora Ltda.
Colaboração
também de:
http://www.psleo.com.br/pl_fr_uva.htm
Fonte: Eroni
Lupatini http://www.eronilupatini.com/?p=266
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