Deixando claro que o texto foi tirado do site do Ação Fome Zero, no final, depois da fonte, deixarei minha opinião, Joelma.
Data: 13/11/2012 Fonte: Sineide Santos - AFZ
Dando continuidade a nossa série, listamos abaixo os alimentos que apareceram com maior frequência nos cardápios analisados.
- Arroz e feijão: Por ser uma combinação tipicamente brasileira e por formarem um casamento proteico perfeito – o que falta em um, o outro complementa –, o arroz e o feijão aparecem pelo menos uma vez por semana na maioria dos cardápios.
- Banana: A banana é fruta campeã dos cardápios. Considerado o quarto produto mais produzido no mundo, a banana é de fácil aceitação e manipulação. Além disso, é um elemento de baixo custo.
- Batata: Além de ser uma fonte importante de amido, a batata é um alimento de maior durabilidade e de grande aceitação, o que explica sua oferta recorrente.
- Abóbora ou jerimum: A abóbora ou o jerimum, designação que varia conforme a região do País, é um alimento disponível em todas as épocas do ano, pode ser preparado e consumido de diversas maneiras e agrada o paladar da maioria da população. Por isso, sua presença nos cardápios da alimentação escolar é constante.
- Mandioca: Também conhecida como aipim ou macaxeira, a depender da região, a mandioca foi cultivada por várias nações indígenas. Por isso, em muitos casos, ela é a base da dieta desses povos, o que pode explicar sua oferta frequente nos cardápios da alimentação escolar indígena.
- Farinha de mandioca: A farinha de mandioca aparece com bastante recorrência nos cardápios da alimentação escolar quilombola. Além de ser um dos ingredientes preferidos das comunidades, fornece boa quantidade de calorias.
- Chuchu: Apesar de ser uma hortaliça de origem mexicana, o Brasil é o maior produto do mundo de chuchu, o que pode explicar sua grande oferta nos cardápios. Além disso, é um alimento que oferece boa fonte de fibras.
- Repolho: O repolho é a hortaliça campeã da alimentação escolar, aparecendo nos cardápios enviados por todas as regiões do País. É um alimento encontrado em todos os meses do ano, de fácil armazenamento e de maior durabilidade. O baixo custo é outro ponto que pesa a seu favor.
- Couve: Da mesma família do repolho e rica em ferro e fibras, a couve é um alimento de baixo custo que pode ser utilizado de várias formas. Nos cardápios, o suco de couve aparece de forma bastante representativa.
- Pepino: Alimento popular entre os brasileiros, o pepino faz bem para a saúde, pois possui sais minerais e vitamina A, e pode ser preparado de diversas formas. Isso talvez explique sua oferta em pelo menos 60% dos cardápios da alimentação escolar.
- Extrato de tomate: Por ser utilizado como tempero, o extrato de tomate é a iguaria recorde nos cardápios de Norte a Sul do País. É válido destacar que o extrato de tomate é um ingrediente benéfico, pois é sabido que o tomate é o único alimento que depois de cozido absorve mais os nutrientes.
- Achocolatado: O achocolatado aparece em pelos menos 90% dos cardápios de prefeituras que, além da refeição principal, fornecem uma alimentação complementar para seus alunos. Além de ser um item da preferência das crianças, o achocolatado é uma maneira de ofertar o leite, aumentando sua aceitação.
- Doces: O oferecimento de doces ocorre principalmente na Região Sul. Essa constatação pode ser justificada pelo fato de a região ter herdado e adaptado hábitos alimentares da Europa, especialmente da Itália.
- Alimentos funcionais: Os cardápios da região Sul costumam conter alimentos classificados como “funcionais”, tais como linhaça, aveia e gergelim. Os alimentos funcionais caracterizam-se por oferecer, além do valor nutritivo inerente à sua composição química, vários benefícios à saúde, podendo desempenhar um papel potencialmente benéfico na redução do risco de doenças crônicas degenerativas.
- Ovo cozido: Consumido pela maioria das pessoas do mundo, o ovo cozido é um dos alimentos mais estudados nos últimos anos, tendo passado do status de “vilão” para o de “mocinho”. Hoje, estudos mostram que o ovo cozido tem baixo teor calórico e é uma boa fonte de proteína. Além disso, a gema possui vários nutrientes, como vitamina A, zinco, ferro e selênio, que ajudam a equilibrar o organismo. Vale lembrar que o ovo pode substituir a proteína proveniente da carne vermelha e branca.
- Carne moída: Alimento comum no prato dos brasileiros e de significativa representação nos cardápios da alimentação escolar, a carne moída pode ser usada de diferentes maneiras, tem bom rendimento e alta aceitação. É uma forma simples e prática de ofertar a proteína animal, tão importante para o organismo.
- Peixe: Apesar de não estar entre os campeões, a oferta de peixe na alimentação escolar – com destaque para a sardinha e para a tilápia - tem aumentado, tendo aparecido em pelos 40% dos cardápios. Seu baixo consumo pode ser justificado pelo preço elevado e por não ser um hábito brasileiro.
- Salsicha: Item de grande aceitação, a salsicha é um alimento industrializado com alta concentração de sódio, preço baixo e alto rendimento (uma pequena quantidade alimenta várias pessoas). Essas características provavelmente explicam seu fornecimento em grande escala.
- Bolo de fubá: O bolo de fubá aparece de forma bem representativa nos cardápios quilombolas. O milho é um alimento conhecido dessa cultura, o que pode justificar a numerosa oferta dessa preparação.
- Tapioca e biju: A tapioca, também conhecida como goma de tapioca, é uma iguaria tipicamente brasileira. De origem indígena, é extraída da mandioca. É o ingrediente básico do biju, preparação campeã dos cardápios indígenas.
Os alimentos “campeões” nos cardápios da merenda escolar são reflexos do prato típico brasileiro com grande destaque para o “casamento perfeito” a combinação do feijão com arroz é perfeita, pois ambos fornecem os aminoácidos que auxiliam nosso corpo a formar suas próprias proteínas (músculos, pele, cabelos, unhas, ossos, cicatrização). Tudo isso porque os aminoácidos deficientes no feijão são justamente os que estão presentes no arroz. O arroz é pobre no aminoácido lisina, presente no feijão. Este por sua vez, não possui o aminoácido essencial metionina, abundante no arroz. Por este motivo, a mescla proteica, resultante de um prato de arroz e feijão, apresenta um valor biológico.
Opinião da Joelma:
Eu li todo o texto hoje, e discordo de duas opiniões do Ação
Fome Zero. Uma é onde se fala do Extrato de tomate, entre
os benefícios e os malefícios, eu prefiro entender que ele é
rico em sódio, gorduras, dentre outros, e entendo ele como
mais pra ruim do que de bom, sendo assim uso colorau,
também conhecido como Urucum. E onde fala das salsichas,
está escrito no texto: Item de grande aceitação, a salsicha é
um alimento industrializado com alta concentração de sódio,
preço baixo e alto rendimento (uma pequena quantidade
alimenta várias pessoas). Essas características
provavelmente explicam seu fornecimento em grande escala.
Com certeza, não utilizamos pela alta concentração de sódio
(foi o que deu a entender e sabemos o quanto é prejudicial)
e no meu caso nem é pelo preço ou rendimento e sim pra
agradar mesmo, pois considero a alimentação escolar de
meu município tão variado, e tão saudável, que não vejo mal
algum uma vez ao mês servir cachorro quente, pois não
utilizo nem caldos industrializados, nem extrato de tomate,
somente temperos caseiros (cebola, alho, cheiro verde,
colorau) e acompanha frutas e café com leite. Não há mal
uma segunda = feira por mês eu servir cachorro quente,
sendo que duas segundas-feiras no mês tem sanduíche
natural e uma tem pão com doce. Abraços e um ótimo
feriado. Joelma Pasqualli Paganini
Outra observação está na frase "... pois é sabido que o tomate é o único alimento que depois de cozido absorve mais os nutrientes."
ResponderExcluirPenso que essa afirmação é equivocada, pois além do tomate, outros vegetais ricos em betacaroteno e/ou licopeno, como a cenoura por exemplo, também têm tais nutrientes ativados pelo cozimento.
Gilmara querida, obrigada pela Observação. Bj
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